terça-feira, 13 de março de 2012

Conhecer o que te define é algo que só você pode fazer

Se algum conhecido ou amigo precisasse escolher alguma roupa para mim dentre essas duas abaixo, com certeza 90% escolheria o vestido floral.


E... erraria. Confesso que em mim tem muita meiguice e delicadeza, e que o vestido floral é lindíssimo, mas o corte simples e as cores clássicas do primeiro são bem mais condizentes com meu estilo atual. Na verdade, posso dizer que os dois vestidos fazem parte do meu estilo. O primeiro look é o que eu busco nas minhas roupas atualmente, já o segundo é o que eu costumava buscar. E como acho impossível se desligar de vez das coisas (até porque tenho um armário atochado de vestido fofo), ambos estilos têm andado juntos e se complementando.
O que eu quero dizer com esse post é que por mais que as pessoas te conheçam, só você sabe exatamente qual é o seu estilo no momento. Principalmente porque pra mim estilo é uma coisa muito mais complexa do que gostar ou deixar de gostar, envolve sentimento, vivências, emoções, lembranças. Roupas delicadas em excesso, apesar de belíssimas, fazem com que eu me sinta infantilizada (minha cara de criança de 12 anos contribui, mas enfim), enquanto que cores sóbrias e cortes tradicionais me dão uma sensação de amadurecimento e evolução, que é justamente o que tenho procurado na minha vida nesse momento.
Sendo assim, não adianta comprar roupas seguindo o gosto da amiga. Não adianta pedir opinião pra quem não te conhece de verdade. E principalmente, nada funciona se VOCÊ não saber o que cai bem com o seu momento.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Para as ladys de plantão


Fiquei encantada com esse ensaio da Kate Beckinsale para a Harper's Bazaar da Rússia. A óbvia inspiração na minha musa Audrey Hepburn ficou perfeita: Kate está no ensaio uma Audrey moderna, atual mas atemporal, como a atriz costumava ser, o que combinou muito com a beleza de traços clássicos da Beckinsale. É um estilo que eu admiro muito, por ser clássico, elegante e muito feminino ao mesmo tempo, como uma verdadeira lady. Provavelmente as meninas da minha idade vão achar as roupas sérias demais, mas eu particularmente sou fã do estilo lady-like. Acho que com roupas assim passamos um ar mais sofisticado e maduro, além de transmitir um maior profissionalismo e responsabilidade.



É muito gostoso ver um ensaio e se identificar com as roupas, e acho que isso foi o que mais me encantou nesse. Pode não ser um estilo que eu use constantemente, afinal, sou universitária e não pretendo por enquanto abandonar a boa e velha calça jeans, mas não posso negar que essas roupas me dão vontade de lotar meu armário de saia lápis e só usar coque o dia inteiro. Mas, como acho que ainda não combino com esse estilo e como muitas leitoras talvez não se identifiquem, o que acho que deve ficar desse ensaio é essa sensação de cuidado que as fotos passam. Repare como a Kate parece impecável sem exageros, arrumada sem estar over e extremamente (por falta de palavra melhor) bem cuidada em todos os detalhes. Isso pode (e deve!) servir de inspiração para todas, independentemente do estilo que sigam.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Vestido de noiva do ano


Nunca vi Crepúsculo e na verdade não tenho o menor interesse, mas fiquei encantada com o vestido da Bella, personagem de Kristen Stewart, no seu casamento com Edward Cullen (Robert Pattinson) em Amanhecer – Parte 1, o mais novo filme da saga Crepúsculo, que estreou nas salas de cinema no dia 18/11.O vestido, que leva a assinatura de Carolina Herrera, é extremamente delicado e elegante. O vestido tem uma das minhas paixões: renda francesa chantilly, mangas longas, e vários botões (152 só nas costas, se não me engano) que fariam qualquer noivo enlouquecer na Lua de Mel. Nos pés, belíssimos sapatos do renomado estilista Manolo Blahnik.
E um beijo especial para a minha irmã Fernanda, que tem uma certa semelhança física com a Bella Swan, e que é dona de um dos vestidos de noiva mais bonitos que eu já vi.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Karlie Kloss e a polêmica da Vogue


 É impossível falar de moda sem falar das modelos, e da influência que seus corpos magros causa na população feminina. Como disse a fantástica Lea T em uma entrevista, o mundo da moda é cruel. E eu concordo plenamente com isso. Apesar de gostar muito de moda e acreditar que as roupas são mais do que simples vestimentas mas sim parte da nossa personalidade e uma maneira de se comunicar com o mundo, não posso negar as peças de valores absurdos, as modelagens que só caem bem em pau de virar tripa na passarela, as tendências que parecem obrigar ao invés de orientar e, obviamente, corpos que nenhuma pessoa que faz mais de 3 refeições por dia tem facilidade em manter.
E um desses corpos causou polêmica recentemente. O ensaio de Karlie Kloss (que na foto acima parece no desfile da Victoria's Secrets) na Vogue Itália causou auê no mundinho fashion porque nas fotos a modelo mostra a sua magreza, com costelas aparecendo em uma das fotos (o ensaio inteiro pode ser visto aqui), o que gerou acusações de que o ensaio seria uma apologia à anorexia, lembrando que há meses atrás a mesma Vogue fez um belíssimo ensaio sensual com modelos plus size.
A magreza de Karlie me chamou muito mais atenção no desfile da Victoria's Secrets do que no ensaio propriamente dito. Ver ela caminhando pela passarela com ossos tão salientes no quadril me assustou, e olha que eu sou uma pessoa que admira mulheres magras. E foi justamente o comentário da editora da Vogue Itália em relação a Victoria's Secrets que me chamou a atenção: segundo ela, Karlie está em forma e saudável, e a justificativa foi o fato de que a modelo está no casting da marca de lingerie, uma marca que valoriza mulher reais. Agora, me expliquem onde ela vê uma mulher real nisso:


A impressão que eu tenho é que as angels são ainda mais irreais do que as outras modelos. Além de belas e magras, precisam ter seios fartos, corpo torneado, um bronzeado dourado, ausência de celulite, belos e longos cabelos sedosos e ainda fazer carinha de me-chama-de-gatinha-que-eu-faço-miau.
Querida Franca Sozzani, teria sido melhor ficar quieta a dizer isso. Teria sido melhor qualquer coisa, na verdade. Essa declaração me faz pensar que quem trabalha com moda realmente desconhece a mulher real. Desconhece o corpo da mulher real, com declarações assim, desconhece o cotidiano da mulher real, com saltos imensos e roupas desconfortáveis, desconhece as necessidades da mulher real, lançando coleções estapafúrdias, e desconhece também o salário da mulher real, com suas coleções que lançam a uma tendência tem-que-ter-senão-é-out a cada estação. E isso transforma algo que deveria ser arte em sacrifício. E claro que me encaixo nas vítimas dessa massacrante indústria. Todo mundo, em algum momento da vida, já se pegou fazendo dieta para ficar bem em um vestido ou deixando de gastar com livros para comprar aquela bolsa nova. Acho que essa polêmica da Karlie deveria se estender para todos os aspectos que a moda impõe, não apenas a magreza e a possível anorexia que as fotos podem causar. Para que assim a gente possa tornar a moda a nossa aliada, e não nossa carrasca.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

A famigerada calça colorida

Como boa teimosa, se encano com alguma coisa ou pessoa fico remoendo aquilo até obter o que planejei. E isso eu aplico em todos os setores da minha vida, desde trabalhos na faculdade a doces na TPM. E minha última encanação fútil foi com uma calça colorida, mais especificamente vermelha. Sou arrogante a ponto de afirmar que calça vernelha é a Carrie Bradshaw das calças coloridas (apesar da certeza de que Carrie usaria todas as cores). Ela é elegante e não te deixa parecendo um adolescente com problemas hormonais e péssimo gosto musical. Te deixa com ares de, vamos apelar, te deixa com ares de mulher francesa chique usando um look navy em um cruzeiro. Sou tosca, sim ou com certeza? Mas observem o que eu quis dizer na foto abaixo:

Pois bem. Depois de decidir (eufemismo pra surtar até conseguir) comprar uma calça vermelha, comecei a racionalizar e vi que, por ser uma peça marcante e que talvez me cause enjôo depois de duas usadas, não poderia ser de um valor muito alto. Então decidi fazer o famoso bate perna no centro, o que nas vésperas do Natal se torna uma odisséia mais intensa que a de Ulisses, e me aventurei por algumas lojas. A primeira loja que entrei foi a Renner, porque uma amiga me disse que tinha encontrado a calça na Marisa, então achei que poderia encontrar algo por lá. Me decepcionei muito com a loja. Talvez seja porque sou muito crítica com caimento e qualidade dos tecidos (e olha que a Renner é uma das melhores nesse aspecto), mas tirando as camisetinhas básicas e uma ou outra peça, a loja estava bem decepcionantte. E obviamente, sem calças vermelhas. A próxima loja que fui foi a Riachuelo. Tinha uma calça numa cor esquisita que num dia otimista eu até definiria como vermelha, e a menor numeração era 42, caberia uma de mim em cada perna da calça. Aproveitei pra ver a coleção do André Lima e companhia e só conclui que a banalização da renda e do paetê atingiu um nível jamais imaginado. Por fim, acabei indo na Loja Brasil (uma loja daqui que vende diversas marcas, como Hering, TNG e Dzarm). Minha idéia era procurar a calça, provar a calça, e sorrateiramente, comprar a calça, sem que nenhuma vendedora me atendesse e me julgasse como fã do Restart.  Mas como não achei nada não tive escolha. Então a vendedora me disse que tinha sim uma calça vermelha, mas era masculina. Já estava quase saindo da loja chorando quando ela me deu a idéia de provar a calça na minha numeração, e resolvi tentar. Não ficou perfeita, mas como é muito raro uma calça jeans vestir perfeitamente na minha cintura (sempre sobra aquele monte de pano nas costas), não deve ser culpa da masculinidade da peça, até porque considerando meu porte físico de Woompa Loompa, desconfio que aquela calça é na verdade feminina, porque seria impossível um homem entrar naquela calça minúscula. Comprei e agora estou aqui, louca pra usar. Mas como usar uma calça vermelha?

Acho que o segredo está em combinar com peças básicas de cores neutras que combinem com seu próprio estiilo. Por exemplo, acho lindo nessa segunda foto a combinação com oncinha, mas mulher básica que sou provavelmente usarei de uma maneira mais parecida com a primeira foto. E muito se engana quem acha que a calça vermelha aumenta as coxas. Eu tenho a perna relativamente grossa pro meu tamanho e mesmo assim não senti que fiquei mais ou menos Panicat por causa da cor. Na dúvida, coloquem um salto pra alongar as pernocas.
O saldo final desse post enorme é a vontade de dizer apenas uma coisa: OUSE! Ousando no armário você vai se sentir mais preparada para ousar na vida, e colocar aquele toque de cor nas coisas que andam preto e branco demais.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Dicas básicas para iniciantes - parte 3

Essa deve ser a mais difícil de ser aplicada. A próxima dica do blog é baseada em INSTINTO e SENSAÇÕES. Não apenas instinto impulsivo de tomar algumas atitudes, mas toda aquela coisa que possuimos por natureza e que nos diz o que é certo e errado na hora de decidir as coisas. Instinto está lá, gritando para nós o tempo todo. A diferença é que nem sempre conseguimos colocar em prática o que ele nos diz. Mas o que algo relacionado a sobrevivência tem a ver com moda? Tudo! É por instinto que olhamos alguma peça e sabemos se vestirá bem ou não (o que se intensifica muito se a fase do auto-conhecimento for bem trabalhada), por instinto que entre dois vestidos igualmente belos acabamos escolhendo aquele mais sensual porque algo te diz que na festa encontrará alguém especial. E quanto a sensações? É preferir seda à linho pelo toque mais suave do tecido. É gostar de azul porque com essa cor sente-se mais alegre, ou de uma camiseta de uma banda porque isso te lembra um show especial com seus amigos.
Para se entender com a moda é preciso colocar nela tudo que faz parte de você. E aí sim escolher um sapato se torna uma missão deliciosa ao invés de uma saga terrível de horas no shopping.